domingo, 6 de janeiro de 2008

Acabando com Mitos





Bom,durante toda minha vida estudantil e acadêmica ouvi dizer uma coisa que repassei a todos os meus alunos "não existem terremotos no Brasil pois estamos no centro de uma placa tectônica"... Cheguei a brincar algumas vezes dizendo que "realemnte Deus é brasileiro,pois não havia catástrofes naturais como furacões ou terremotos no Brasil".



Hoje resolvi desmentir toda essa informação,não que estivesse ensinado errado,mas essa era a verdade a ser ensinada até então. No final de 2007 tivemos o primeiro terremoto com vítima fatal no Brasil,mais especificamente em Minas Gerais,por isso resolvi postar algo sobre o assunto...



Os terremotos ocorrem basicamente por tectonismo e vulcanismo. O primeiro se desenvolve a partir do encontro de placas tectônicas e/ou litosféricas, dessa forma a força exercida na colisão provoca uma tensão nas bordas das placas. Quando a energia se concentra em um alto nível e não suporta reprimir as forças acumuladas internamente, ocorre a emissão de energia e essa libera uma grande força até atingir a superfície em forma de abalos sísmicos ou terremotos, ou seja, a terra “balança”. Já os terremotos provocados por vulcanismo têm sua formação por meio das atividades vulcânicas, ao liberar energias contidas no interior da Terra em forma de lava a energia liberada é tão grande, que além das “explosões” chamadas de erupção, provocam abalos sísmicos ou terremotos. As áreas mais propícias a terremotos se encontram em regiões localizadas na periferia das placas tectônicas, um exemplo disso é o encontro da placa de Nazca com a Sul-americana no oeste da América do Sul, além do Japão que convive efetivamente com esse fenômeno, pois seu território está localizado em uma região repleta de encontros de placas. Os terremotos podem ser medidos, isso é possível através do sismômetro e de outros equipamentos modernos, a medida usada para avaliar o tremor é a Escala Richter, criada pelo Sismólogo Norte-americano Charles Francis Richter, essa escala varia de 0 a 9 graus, correspondente a quantidade de energia expelida. Em um ano são registrados aproximadamente 300 mil tremores no planeta. No Brasil Existe Terremoto Durante muito tempo acreditava-se que no Brasil não ocorria terremotos, no entanto, essa afirmação é um tanto quanto precipitada. Se comparar os abalos sísmicos ocorridos nos Andes com os ocorridos no Brasil, os do Brasil podem ser classificados como modestos, embora a quantidade de abalos sejam muitas e com escalas acima de 5,0 graus, não ignorando a possibilidade de tremores mais intensos, uma vez que o planeta é dinâmico e está em constante transformação. Foram muitos os terremotos ocorridos no Brasil no decorrer da história, com destaque para o Ceará, em 1980 / mb=5,2, João Câmara (RN) 1986 / mb=5,1. Em outros casos os tremores tiveram proporções maiores como no Mato Grosso 1955/mb=6,6, Espírito Santo 1955/mb=6,3 e Amazonas 1983/mb=5,5, essas regiões não eram habitadas. Os abalos sísmicos podem emergir a qualquer instante e lugar, dessa forma não se deve descartar a possibilidade de ocorrer tremores com grandes conseqüências em algum centro urbano brasileiro. A pouca incidência de terremotos no Brasil é proveniente de sua localização no centro da placa Sul-americana. No fim de 2007, mais precisamente em 9 de dezembro desse ano, na cidade mineira de Itacarambi ocorreu um terremoto, o abalo derrubou 76 casas, condenou várias outras, e levou a óbito uma criança. Esse abalo foi um dos maiores ocorridos no Brasil e o primeiro com vítima fatal. O tremor teve intensidade de 4,9 graus na escala Richter, segundo o Professor Lucas Vieira Barros da Universidade de Brasília, os tremores ocorriam desde maio. A explicação não é definitiva, mas é provável que o agente causador seja uma falha geológica, localizada a 5 quilômetros abaixo da superfície.



quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ESPECIAL : ESCOLA NOBEL







Bom,2007 foi um ano extremamente construtivo do ponto de vista profissional.
Parte dessa positividade se deve ao fato de eu ter tido a HONRA de trabalhar numa escola dedicada e comprometida com a formação de cidadãos e não apenas empreendedores.

Na maioria das escolas onde trabalhei sempre houve o objetivo principal de se aprovar no Vestibular ou CEFET-ES. Na ESCOLA NOBEL as coisas são bem diferentes.

Verdadeiramente existe uma harmonia fantástica entre funcionários,professores,alunos e direção da escola... Realmente a escola funciona como uma grande família. Também não é a toa... Os alunos entram ali no maternal e saem da escola para a Universidade.

Posso dizer que tive a honra de trabalhar com essa família fantástica.
Hoje - 08 de novembro de 2007 - recebemos uma fatídiga notícia em que nos chocou, nos entristeceu, nos magou de forma avassaladora...Mas em contra-partida,fez-nos refletir sobre muitas coisas, dentre elas o valor que as coisas simples têm em nosas vidas.

Passei o ano inteiro ouvindo dos alunos algumas reclamações que sempre achei infundadas,mas para quem estuda há 10,11 ou mais anos,as críticas são inúmeras,pois estavam vivenciando todas as mudanças da escola. Apesar de problemas terem acontecido,hoje pude perceber com maior clareza algo que ja imaginava,os alunos - para onde quer que vocês forem - levarão uma bagagem maravilhosa.Entraram crianças nas escola,estão saindo cidadãos conscientes de seus direitos e deveres,pessoas dispostas a ajudar e comprometidas consigo mesmas na intenção de se tornarem pessoas cada vez melhores. Alunos que já se imaginavam em outra escola chorando a dor de uma perda que - principalemte para eles - seria irreparável.

Muitos são os rostinhos que me vem a mente e juntamente com as lembranças de 2007 brota uma lágrima de meu rosto pela dor da saudade antecipada.
A Escola que me acolheu,só tenho a agradecer...aos meus alunos tantas vezes elogiados por mim onde quer que eu fosse,vocês são parte fundamental de minha vida,amo vocês demais...a cada um de vocês...do fundo do meu coração.

Gostaria de deixar uma mensagem para reflexão de todos os meus alunos(de todas as escolas) e ex alunos:


Oração da Escola

Obrigado, Senhor, pela minha escola!
Ela tem muitos defeitos. Como todas as escolas têm. Ela tem problemas, e sempre terá. Quando al­guns são solucionados, surgem outros, e a cada dia aparece uma nova preocupação.
Neste espaço sagrado, convivem pessoas muito diferentes. Os estudantes vêm de famílias diversas e car­regam com eles sonhos e traumas próprios. Alguns são mais fechados. Outros gostam de aparecer. To­dos são carentes. Carecem de atenção, de cuidado, de ternura.
Os professores são também diferentes. Há alguns bem jovens. Outros mais velhos. Falam coisas dife­rentes. Olham o mundo cada um à sua maneira. Alguns sabem o poder que têm. Outros parecem não se preocupar com isso. Não sabem que são líderes. São referenciais. Ou deveriam ser.
Funcionários. Pessoas tão queridas, que ouvem nossas lamentações. E que cuidam de nós. Estamos juntos todos os dias. Há dias mais quentes e outros mais frios. Há dias mais tranqüilos e outros mais tumultuados. Há dias mais felizes e outros mais do­lorosos. Mas estamos juntos.
E o que há de mais lindo em minha escola é que ela é acolhedora. É como se fosse uma grande mãe que nos abraçasse para nos liberar somente no dia em que estivéssemos preparados para voar. É isso. Ela nos ensina nossa vocação. O vôo. Nascemos para voar, mas precisamos saber disso. E precisamos, ain­da, de um impulso que nos lance para esse elevado destino.
Não precisamos de uma escola que nos traga todas as informações. O mundo já cumpre esse pa­pel. Não precisamos de uma escola que nos transfor­me em máquinas, todas iguais. Não. Seria um crime reduzir o gigante que reside em nosso interior. Seria um crime esperar que o vôo fosse sempre do mesmo tamanho, da mesma velocidade ou na mesma altura.
Minha escola é acolhedora. Nela vou permitin­do que a semente se transforme em planta, em flor. Ou permitindo que a lagarta venha a se tornar bor­boleta. E sei que para isso não preciso de pressa. Se quiserem ajudar a lagarta a sair do casulo, talvez ela nunca tenha a chance de voar. Pode ser que ela ain­da não esteja pronta.
Minha escola é acolhedora. Sei que não apreen­derei tudo aqui. A vida é um constante aprendizado. Mas sei também que aqui sou feliz. Conheço cada canto desse espaço. As cores da parede. Os quadros. A quadra. A sala do diretor. A secretaria. A bibliote­ca. Já mudei de sala muitas vezes. Fui crescendo aqui. Conheço tudo. Passo tanto tempo neste lugar. Mas conheço mais. Conheço as pessoas. E cada uma de­las se fez importante na minha vida. Na nossa vida.
E, nessa oração, eu Te peço, Senhor, por todos nós que aqui convivemos. Por esse espaço sagrado em que vamos nascendo a cada dia. Nascimento: a linda lição de Sócrates sobre a função de sua mãe, parteira. A parteira que não faz a criança porque ela já está pronta. A parteira que apenas ajuda a criança a vir ao mundo. E faz isso tantas vezes. E em todas às vezes fica feliz, porque cada nova vida é única e merece todo o cuidado.
Obrigado, Senhor, pela minha escola! Por tudo o que de nós nasceu e nasce nesse espaço. Aqui, posso Te dizer que sou feliz. E isso é o mais importante. Amém!


Lembrem-se,DÊ VALOR AS COISAS SIMPLES DE SUA VIDA!
E outra coisa,LAÇOS DE AMIZADE SÃO ETERNOS.
Abraços
Tio Júnior

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Cientistas propõem milhões de canos no oceano contra aquecimento


Dois dos principais ecologistas da Grã-Bretanha acreditam que é hora de desenvolver uma solução técnica rápida para mudanças climáticas.


Em artigo na revista Nature, o diretor do Museu de Ciência em Londres, Chris Rapley, e James Lovelock, criador da teoria de Gaia (que vê a Terra como um organismo vivo capaz de se auto-regular), sugerem que se procure aumentar a absorção de CO2 pelos oceanos.
Com o uso de tubos verticais gigantescos, a água da superfície e das profundezas do mar seriam misturadas para fertilizar algas, que absorveriam CO2 da atmosfera.
As águas frias do fundo do mar são ricas em nutrientes. Para promover a mistura da água, os canos flutuariam livremente, criando um fluxo de água de 100 a 200 metros de profundidade para a superfície.
Testes
A Atmocean acredita que uma das formas de vida que podem se beneficiar do uso dos canos é o salp, um microorganismo que excreta carbono em fezes que se depositam no fundo do mar, talvez armazenando carbono lá por milênios.
A idéia já está sendo testada pela companhia americana Atmocean. Seu diretor, Phil Kithil, calcula que a instalação de 134 milhões de canos pode, potencialmente, retirar cerca de um terço do dióxido de carbono produzido por atividades humanas a cada ano. Mas ele admite que as pesquisas ainda estão apenas começando.
"O problema que nos preocupa mais é a acidificação. Nós estamos trazendo para a superfície níveis mais altos de CO2 junto com os nutrientes", diz Kithil.
A empresa afirma que uma outra vantagem de diminuir a temperatura das águas na superfície em regiões como o Golfo do México poderia ser uma redução do número de furacões, que precisam de águas mais aquecidas para se formar.
Nuvens
Lovelock e Rapley sugerem ainda que os canos no oceano podem estimular também o crescimento de microorganismos que produzem sulfureto de dimetilo, uma substância que contribui para a formação de nuvens sobre o oceano, refletindo a luz do sol para fora da superfície da terra e ajudando na refrigeração do planeta.
Rapley e Lovelock dizem que duvidam que os planos existentes para reduzir as emissões de carbono sejam suficientemente rápidos para combater as mudanças climáticas.
"Nós não vamos salvar o planeta por abordagens usuais como o Protocolo de Kyoto ou energia renovável", disse Lovelock à BBC.